domingo, janeiro 29, 2006

Programação de Fevereiro da Cinemateca do MAM-RJ

sex 03

18h30 - Homenagem a Cosme Alves Netto – O Encoraçado Potemkim (Bronenosetz Potiomkin) de Sergei Eisentein. URSS, 1925. Com A. Antonov, G. Alesandrov. Intertítulos em português. 80’. Marinheiros de um encouraçado soviético se revoltam quando lhes é servido carne estragada. Uma das obras primas do cinema mundial, prediletas de Cosme Alves Netto.

sab 04

16h - Homenagem a Cosme Alves Netto – Programa de animação - A Galinha mal pintada (Gallina vogelbirdae) de Jiri Brdecka. Tchecoslováquia, 1963. O Ideal (Ideal) de Bretislav Pojar. Tchecoslováquia, 1963. O Vermelho e o Preto (Czerwone i czarne) de Witeld Giersz. Polônia, 1963. Bombomania (Bombománie) de Bretislav Pojar. Tchecoslováquia, 1963. Hobby (Hobby) de Daniel Szczechura. Polônia, 1968. A Aldeia dos Sábios (Umno Celo) de Donio Donev. Bulgária, 1972. Cosme foi um apaixonado pelo cinema de animação e seu grande divulgador no Brasil, principalmente destes produzidos no leste europeu.

18h - Homenagem a Cosme Alves Netto – Cabra Marcado para morrer de Eduardo Coutinho. Brasil, 1964. 119’. Um clássico do documentário brasileiro, ganhador do prêmio de melhor filme do I Festi-Rio. No início dos anos 1960, um líder camponês é assassinado no nordeste.

dom 05

16h - Homenagem a Cosme Alves Netto – A Dama oculta (The Lady vanishes) de Alfred Hitchcock. Grã-Bretanha, 1938. Com Margaret Lockwood, Michael Redgrave, Paul Lukas. Legendas em português. 97’. Um clássico de Hitchcock da fase inglesa. Uma senhora desaparece durante uma viagem de trem, gerando uma teia de intrigas.

18h – Homenagem a Cosme Alves Netto – O Grande Mentecapto de Oswaldo Caldeira. Brasil, 1989. Com Diogo Vilella, Débora Bloch, Cosme Alves Netto. 101’. Filme baseado em Fernando Sabino, ganhador do prêmio do júri popular do Festival de Gramado, com a presença de Cosme Alves Netto em participação especial no papel de um bispo.

sex 10

18h30 - Homenagem a Cosme Alves Netto – O Sangue do condor (Yawar Mallku) de Jorge Sanginés. Bolívia, 1969. Com Marcelino Yanahuaya, Benedicta Mendoza, Vicente Verneros Salinas. Versão original sem legendas. 85’. Filme revolucionário poético, ganhador do Prêmio George Sadoul, outorgado pela crítica francesa no Festival de Mar del Plata, em 1969.

sab 11

16h - Homenagem a Cosme Alves Netto – O Homem de Aran (The man of Aran) de Robert Flaherty. Inglaterra, 1934. Intertítulos em italiano. 80’. Filmado durante dois anos em uma ilha perdida na Irlanda, mostra a vida cotidiana dos pescadores locais, bem como a natureza que os circunda, tratado com alto rigor estético. Um clássico do documentário mundial.

18h - Homenagem a Cosme Alves Netto – Cinema de Lágrimas de Nelson Pereira dos Santos. Brasil/Grã-Bretanha/México, 1995. Com Raul Cortes, Cristiane Torloni, Cosme Alves Netto. 92’. Filme realizado no projeto “O Centenário do Cinema”, focando os melodramas latino-americanos das décadas de 1930 a 1950, baseado em pesquisa de Silvia Oroz, com a presença de Cosme Alves Netto no elenco.

dom 12

16h - Homenagem a Cosme Alves Netto – A Felicidade (Scast’e) de Alexandre Medvedkin. URSS, 1934. Intertítulos em Russo. Será distribuída uma sinopse do filme. Anárquica comédia, permitiu a redescoberta de Medvedkin, imediatamente colocado ao lado dos grandes do cinema mudo soviético

18h - Homenagem a Cosme Alves Netto – Cantando na chuva (Singin’ in the rain) de Stanley Donen e Gene Kelly. Com Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O’Connor. Versão original sem legendas. 102’. Considerado por muitos como o melhor musical cinematográfico de todos os tempos. Trata de Hollywood, no período de transição do cinema silencioso para o sonoro.

qui 16

18h30 – TELA BRASILIS - Homenagem a Cosme Alves Netto
Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. Brasil, 1964. Com Othon Bastos, Geraldo del Rey, Maurício do Valle. 125’. Camponês mata patrão, se embrenha na caatinga, e se junta ao bando de seguidores fanáticos de um profeta negro. Depois se transforma em cangaceiro do bando de Corisco.
Amazonas, Amazonas, de Glauber Rocha. Brasil, 1966. Documentário que traça um painel da situação histórica, econômica, social e humana da região amazônica. Primeira experiência em cores de Glauber Rocha.

sex 17

18h30 – Risos de Verão – Irma, La Douce (Irma, la douce) de Billy Wilder. EUA, 1963. Com Shirley MacLaine, Jack Lemmon, Lou Jacobi. Legendas em português 142’. Policial apaixonado por prostituta, acaba desenvolvendo dupla personalidade, a fim de manter o relacionamento.

sab 18

16h – Risos de Verão - As férias do Sr. Hulot (Les Vacances du M. Hulot) de Jacques Tati. França, 1953. Com Jacques Tati, Nathalie Pascaud, Michelle Camax. Legendas em português. 96’. O Sr. Hulot vai passar férias numa pequena praia da Bretanha, onde paquera, de longe e discretamente, uma jovem.
18h – Risos de Verão - O Pai do povo de Jô Soares. Brasil, 1976. Com Jô Soares, Thereza Austregésilo, Augusto Olímpio. 84’. Único filme dirigido por Jô Soares. Depois da explosão de três bombas atômicas, a radioatividade provoca esterilidade em todos os homens da terra, com exceção de um, que dormia dentro de um cano de chumbo. Este “pai do povo” é convocado para dar continuidade a espécie humana.

dom 19

16h – Risos de Verão – Debi & Lóide – Dois Idiotas em apuros (Dumb and Dumber) de Peter Farrelly. EUA, 1994. Com Jim Carrey, Jeff Daniels, Lauren Holly. Legendas em português. 107’.
Após encontrarem uma maleta perdida, dois amigos idiotas e atrapalhados decidem partir atrás da garota que a perdeu.

18h – Risos de Verão - O Incrível Exército Brancaleone (L’Armatta Brancaleone) de Mario Monicelli. Itália, 1966. Com Vitorio Gassman, Catherine Spaak, Folco Lulli. Legendas em português, 120’. Cavaleiro Medieval perambula pela Europa com um grupo de vigaristas e malucos em busca de um feudo supostamente rico.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Tela Brasilis :: 26/01 :: Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz


Sessão de Janeiro :: 26 de janeiro de 2006 :: 18h30 :: Cinemateca doMAM
Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz (1967, longa), de Paulo Gil Soares
Memórias do Cangaço (1965, curta), de Paulo Gil Soares
Em janeiro, o Cineclube Tela Brasilis presta homenagem a Jarbas Barbosa, importante produtor do Cinema Brasileiro, falecido em dezembro de 2005.
Jarbas Barbosa, irmão de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, produziu diversosfilmes do Cinema Novo, como Os Fuzis, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Boca de Ouro, entre outros. Devido ao fracasso financeiro desses filmes, partiupara a produção de títulos com maior apelo comercial, estrelados porhumoristas como Renato Aragão, Dedé Santana e Costinha, e astros da Jovem Guarda, como Wanderléia.
Mas Jarbas nem por isso deixou de trabalhar emproduções mais engajadas, política e artisticamente, como Proezas de satanás na vila de Leva-e-traz (1967), dirigido por Paulo Gil Soares, grandevencedor do III Festival de Brasília, com os prêmios de melhor filme, diretor, argumento e música (de Caetano Veloso, em sua primeira experiênciano cinema).
Proezas de satanás na vila de Leva-e-traz é uma das muitas pérolas esquecidas do cinema brasileiro. Consagrado na época de seu lançamento, seudiretor afastou-se do cinema no início dos anos 70, migrando para atelevisão, onde dirigiu o programa Globo Repórter, na TV Globo, aproximandoos cineastas do Cinema Novo ao veículo e traçando as linhas básicas dogênero documentário na telinha.
Proezas de satanás na vila de Leva-e-traz narra a história de uma pequena cidade no interior. Após a descoberta de petróleo em uma vila próxima, toda a população se desloca para lá, inclusiveo padre e a padroeira da cidade, deixando a cidade aberta para o aparecimento de Satanás. A ausência de novas cópias fez com que Proezas... praticamente não fosse exibido nas últimas décadas, privando as novasgerações de conhecerem uma obra-prima do mesmo quilate que Deus e o diabo naterra do sol (1963), de Glauber Rocha, filme em que Paulo Gil Soares foi responsável pelos diálogos, assistência de direção, cenografia e figurino.
Complementando a sessão, será exibido o primeiro filme de Paulo Gil Soares, o curta Memórias do Cangaço, que posteriormente integrou o longa Brasil Verdade, produzido por Thomaz Farkas. Memórias do Cangaço é um importante registro histórico e traz a quase totalidade das imagens remanescente de Lampião e seu bando, captadas por Benjamin Abrahão em 1936. Além das imagensde arquivo, o filme traz entrevistas com ex-cangaceiros e policiais que viveram aquele momento.
Como não existem mais cópias projetáveis em película, Proezas... será exibido em rara cópia telecinada (DVD). Memórias do Cangaço será projetado em película.
Sessão de Janeiro Quinta-feira - 26/01
18:30 - Projeção dos filmes seguida de debate
Cinemateca do MAM
Av. Infante D. Henrique, 85, Praia do Flamengo - Rio de Janeiro
ENTRADA FRANCA

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Aula 21/01/06

Infelizmente, por conta de problemas particulares, o professor Hernani Heffner não poderá comparecer à aula inaugural deste Sábado do Módulo II do Curso de História do Cinema Brasileiro.

A aula, no entanto, está mantida, com a exibição do filme "Panorama do Cinema Brasileiro" (1968), de Jurandyr Noronha, a partir das 9:00.

O professor irá comentar o filme na aula da próxima semana.

A projeção do filme deste Sábado será aberta também aos alunos do Módulo I do Curso.

A partir das 11:00, estaremos disponíveis, aos interessados, para realizar novas inscrições no Módulo II do Curso.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Textos do Módulo I disponíveis para cópia

Disk Copy - 2533-4762
Rua Alcindo Guanabara, 24 / SL 205 (Rua do Amareliho em frente ao Cinema Orly)
CUSTO: R$ 0,08 por folha

ASSIS, Machado de. Instinto de nacionalidade. In: Crítica literária. Rio de Janeiro: Jackson, 1944.

FAUSTO, Boris. Imigração: cortes e continuidades. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz. História da vida privada no Brasil. Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Volume 4.

GALVÃO, Maria Rita. O cinema mudo brasileiro. In: CINEMA brasileiro. Lisboa: Cinemateca Portuguesa/Fundação Calouste Gulbenkian, 1987.

GALVÃO, Maria Rita & SOUZA, Carlos Roberto de. Cinema brasileiro 1930/1960. In: FAUSTO, Boris (org.) O Brasil Republicano. Tomo III, volume IV – Economia e Cultura (1930-1964). São Paulo: Difel, 1984.

GOMES, Paulo Emílio Salles. A expressão social dos filmes documentais no cinema mudo brasileiro (1898-1930). In: PAULO Emílio, um intelectual na linha de frente. São Paulo: Brasiliense, 1986.

RAMOS, Fernão. Pequena história do documentário mudo brasileiro. São Paulo, 1995. (manuscrito)

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz. História da vida privada no Brasil. Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Volume 4.

SOUZA, José Inácio de Melo. O cinema mudo em quatro livros. In.: http://www.mnemocine.com.br/cinema/historiatextos/cinemamudoemquatrolivros.htm

SOUZA, José Inácio de Melo. Francisco Serrador e a primeira década do cinema em São Paulo. In.: http://www.mnemocine.com.br/cinema/historiatextos/serrador.htm

TACCA, Fernando de. Luiz Thomaz Reis: etnografias fílmicas estratégicas. In.: TEIXEIRA, Francisco Elinaldo (org.). Documentário no Brasil – tradição e transformação. São Paulo: Summus Editorial, 2004.

XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro dos anos 90. Praga, estudos marxistas, nº 9, 2000.