Curso e Mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO
O Cineclube Tela Brasilis dará início em outubro a uma maratona na Cinemateca do MAM com a realização da mostra e do curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO, proporcionando uma visão panorâmica e inédita sobre a produção deste gênero cinematográfico no Brasil.
O curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO será realizado todos os sábados, de 9 às 13h00, de 14 de outubro a 9 de dezembro de 2006. Serão 9 aulas semanais ministradas por professores, pesquisadores e cineastas sobre períodos significativos da história do gênero documentário.
As aulas serão expositivas (ver programa abaixo), com exibições de filmes raros em película. O curso completo tem o valor de R$ 150,00 (taxa única) e os alunos que freqüentarem 75 % das aulas receberão certificado.
As poucas vagas restantes para o curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO ainda pode ser preenchidas via internet, através do e-mail telabrasilis@cinestesia.com.br
O público mais amplo pode acompanhar integralmente esse trajeto através da mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO, que, paralelamente ao curso, exibirá filmes raros e clássicos que datam de 1910 à 2004, em sessões gratuitas aos sábados e domingos, às 16hs, também na Cinemateca do MAM.
O curso e a mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO são eventos organizados pelo Cineclube Tela Brasilis em parceira com a Cinemateca do MAM, que conta com o apoio do Arquivo Nacional, Cinemateca Brasileira e CTAv.
O Cineclube Tela Brasilis destinará ainda bolsas do curso para 15 alunos de Escolas Populares de Audiovisual, como Observatório de Favelas, Nós do Morro, Nós do Cinema, as Oficinas Cinemaneiro e outras instituições parceiras.
Programa Completo (Aulas + Mostra):
A programação de filmes está sujeita a mudanças sem aviso prévio.
14/10 – Aula 01 – Documentário nos primórdios do cinema brasileiro: os “naturais”.
Professor: Hernani Heffner, professor da PUC-Rio, pesquisador da Cinédia e conservador da Cinemateca do MAM.
Ementa: Os primórdios do documentário no Brasil são em grande parte desconhecidos. A definição de certos assuntos ou situações, como os desfiles militares, os cortejos fúnebres e os cordões carnavalescos, parecem definir um tom oficial que não encontra desdobramentos nas estratégias de composição das obras. O curso tentará verificar em que medida “forma” e “conteúdo” se aproximam ou se afastam e se esta tensão define um modo particular de discurso.
Programa de filmes:
Despedida do 19º batalhão de caçadores (Empresa Paschoal Segreto, 1910);
A inauguração do Stadium do Savóia (Armando Pamplona, 1916 / 1924);
O luto pelo Barão do Rio Branco (Paulino Botelho, 1912);
O que foi o carnaval de 1920? (Alberto Botelho, 1920);
A visita do General Purshing (Alberto Botelho, 1925).
14/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Cidade de Bebedouros (Antonio Campos, 1912);
Santa Maria Atualidades (Francisco Santos, 1913);
Voyage de nous souverains au Brésil (Service de Photographie et Cinématographie de l’Armée, Bélgica, 1920);
[Sobras de] As visitas dos Reis Belgas ao Brasil (Igino Bonfioli, 1920).
15/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
21/10 – Aula 02 – Cinema silencioso: Silvino Santos e Major Thomas Reis.
Professor: Sílvio Da-Rin, técnico de som, documentarista e pesquisador. Autor do livro “Espelho partido: Tradição e transformação do documentário”.
Ementa: Durante a segunda e terceira décadas do século XX, antes que o termo “documentário" começasse a circular, os filmes "naturais" eram majoritários e formavam a base econômica da produção cinematográfica brasileira. Naquele período, dois cineastas que trabalharam fora dos grandes centros criaram obras singulares: Silvino Santos, na Amazônia; e o Major Thomaz Reis, no Brasil Central.
Programa de filmes:
Rituais e festas bororo (Major Luiz Thomaz Reis, 1917);
No paiz das amazonas (Silvino Santos, 1921).
21/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Terra encantada (Silvino Santos, 1923).
22/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
28/10 – Aula 03 – Humberto Mauro e o INCE.
Professor: Fabián Nuñez, pesquisador e professor da UFF. Doutorando em cinema na mesma universidade e autor da dissertação de mestrado intitulada “Humberto Mauro: um olhar brasileiro”.
Ementa: A discussão da reforma educacional no Brasil e o papel do cinema na missão pedagógica do Estado. A criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). O cinema do INCE: entre o didático, o científico e o estético. Humberto Mauro e as várias fases do INCE. O documentário como fruição estética e propagador de conhecimento. Quem é Humberto Mauro para o Cinema Novo?
Programa de filmes:
Bandeirantes (Humberto Mauro, 1940);
Um apólogo – Machado de Assis (Humberto Mauro, 1939);
O despertar da Redentora (Humberto Mauro, 1942);
Lagoa Santa – Minas Gerais (Humberto Mauro, 1940);
Engenhos e usinas (Humberto Mauro, 1955).
28/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
O descobrimento do Brasil (Humberto Mauro, 1937);
Vitória Régia (Humberto Mauro, 1937).
29/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
04/11 – Aula 04 – Rituais do poder: documento, memória e história.
Professor: Eduardo Morettin, historiador e professor da ECA-USP, empreende pesquisas sobre a relação entre o Estado e o cinema no Brasil.
Ementa: A produção de cinejornais: panorama histórico. Antecedentes: Rossi Atualidades. Estado e cinema brasileiro na década de 30. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e a produção de cinejornais. Documentários institucionais nos anos 60: Jean Manzon e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPÊS)
Programa de filmes:
Seleção de filmes e cinejornais da Rossi Filme; Cine Jornal Brasileiro, IPÊS e Agência Nacional.
04/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Painel (Lima Barreto, 1950);
Santuário (Lima Barreto, 1950);
e programa de cinejornais.
05/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
11/11 – Aula 05 – O documentário e o cinema novo.
Professor: Arthur Autran, pesquisador e professor da UFSCar. Autor do livro “Alex Viany: crítico e historiador”.
Ementa: A palestra abordará de forma panorâmica a produção de documentários do Cinema Novo entre 1959 e 1967, tratando de questões como: as principais opções estilísticas, as influências do Cinema Verdade, a representação do povo nos filmes, a criação de um discurso de viés crítico sobre a realidade brasileira e os posicionamentos ideológicos dos realizadores.
Programa de filmes:
Aruanda (Linduarte Noronha, 1960);
Maioria absoluta (Leon Hirszman, 1964);
Viramundo (Geraldo Sarno, 1965);
Memória do cangaço (Paulo Gil Soares, 1965).
11/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Opinião pública (Arnaldo Jabor, 1967).
12/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
18/11 – Aula 06 – Cinema e televisão.
Professor: Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema de O Globo e autor dos livros “Eduardo Coutinho: O homem que caiu na real”, “Walter Lima Júnior: viver cinema”, entre outros.
Ementa: Com a desmobilização do Cinema Novo e a conjunção de outros fatores ligados à televisão e ao estabelecimento da idéia de patrocínio ao audiovisual no Brasil, diversos cineastas foram absorvidos pelo documentarismo de TV nos anos 1970. Particularmente nos programas Globo Shell Especial, Globo Repórter e Hora da Notícia, da TV Cultura. Esse fenômeno resultou não apenas numa lufada de renovação da dieta televisiva, como no ensejo de experiências de linguagem bastante particulares no âmbito do documentário. O diálogo entre realidade e ficção tornou-se mais interessante e complexo, a prática do som direto difundiu-se, uma geração de documentaristas exercitou-se e acumulou experiência para suas futuras carreiras. Entre eles, Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade e Maurice Capovilla.
Programa de filmes:
Globo Repórter: Teodorico, o Imperador do Sertão (Eduardo Coutinho, 1978);
Wilsinho Galiléia (João Batista de Andrade, 1978).
18/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Globo Repórter: O Último Dia de Lampião (Maurice Capovilla, 1972);
Retrato de Classe (Gregório Bacic, 1977).
19/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
25/11 – Aula 07 – Documentário de curta-metragem
Professor: João Luiz Vieira, pesquisador, ensaísta e professor da UFF. Autor do livro Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi, entre outros.
Ementa: Um panorama e balanço crítico de uma das vertentes do documentário de curta-metragem da década de 80 no Brasil: características de linguagem, temas e atualidade de um cinema voltado para os processos intertextuais e de reflexividade.
Programa de filmes:
Mato eles? (Sérgio Bianchi, 1982);
Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989);
Memória (Roberto Henkin, 1990);
Ma Che, Bambina (Cecílio Neto, 1986).
25/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Esta não é a sua vida (Jorge Furtado, 1991);
Chapeleiros (Adrian Cooper, 1983);
Caramujo-Flor (Joel Pizzini, 1988);
O inspetor (Arthur Omar, 1988).
26/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
30/11 – 18h30 – Sessão do Cineclube Tela Brasilis na Cinemateca do MAM
Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984)
02/12 – Aula 08 – Panorama do documentário contemporâneo.
Professor: Mariana Baltar, doutoranda da UFF, com passagem pela New York University, onde desenvolve tese sobre o diálogo entre melodrama e documentário.
Ementa: Pensar as bases teóricas e as estratégias narrativas que sustentam a construção da instância do personagem no documentário. Procuraremos traçar também, através de exemplos da produção documentária contemporânea, considerações sobre o papel central que a figura do personagem parece ocupar. Procuraremos tangenciar aspectos do que poderíamos chamar de uma disseminação da consciência de ser personagem – ou a consciência da autofabulação como personagem e o que isto nos diz a respeito de uma reconfiguração da política das respresentações. Que implicações, estéticas e políticas, traz este aspecto como marca da produção contemporânea?
Programa de filme:
Peões (Eduardo Coutinho, 2002)
02/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
A pessoa é para o que nasce (Roberto Berliner, 2004)
03/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filme da aula
09/12 – Aula de encerramento: Perspectivas do documentário brasileiro.
Professor: João Moreira Salles, documentarista e professor da PUC-Rio.
O curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO será realizado todos os sábados, de 9 às 13h00, de 14 de outubro a 9 de dezembro de 2006. Serão 9 aulas semanais ministradas por professores, pesquisadores e cineastas sobre períodos significativos da história do gênero documentário.
As aulas serão expositivas (ver programa abaixo), com exibições de filmes raros em película. O curso completo tem o valor de R$ 150,00 (taxa única) e os alunos que freqüentarem 75 % das aulas receberão certificado.
As poucas vagas restantes para o curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO ainda pode ser preenchidas via internet, através do e-mail telabrasilis@cinestesia.com.br
O público mais amplo pode acompanhar integralmente esse trajeto através da mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO, que, paralelamente ao curso, exibirá filmes raros e clássicos que datam de 1910 à 2004, em sessões gratuitas aos sábados e domingos, às 16hs, também na Cinemateca do MAM.
O curso e a mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO são eventos organizados pelo Cineclube Tela Brasilis em parceira com a Cinemateca do MAM, que conta com o apoio do Arquivo Nacional, Cinemateca Brasileira e CTAv.
O Cineclube Tela Brasilis destinará ainda bolsas do curso para 15 alunos de Escolas Populares de Audiovisual, como Observatório de Favelas, Nós do Morro, Nós do Cinema, as Oficinas Cinemaneiro e outras instituições parceiras.
Programa Completo (Aulas + Mostra):
A programação de filmes está sujeita a mudanças sem aviso prévio.
14/10 – Aula 01 – Documentário nos primórdios do cinema brasileiro: os “naturais”.
Professor: Hernani Heffner, professor da PUC-Rio, pesquisador da Cinédia e conservador da Cinemateca do MAM.
Ementa: Os primórdios do documentário no Brasil são em grande parte desconhecidos. A definição de certos assuntos ou situações, como os desfiles militares, os cortejos fúnebres e os cordões carnavalescos, parecem definir um tom oficial que não encontra desdobramentos nas estratégias de composição das obras. O curso tentará verificar em que medida “forma” e “conteúdo” se aproximam ou se afastam e se esta tensão define um modo particular de discurso.
Programa de filmes:
Despedida do 19º batalhão de caçadores (Empresa Paschoal Segreto, 1910);
A inauguração do Stadium do Savóia (Armando Pamplona, 1916 / 1924);
O luto pelo Barão do Rio Branco (Paulino Botelho, 1912);
O que foi o carnaval de 1920? (Alberto Botelho, 1920);
A visita do General Purshing (Alberto Botelho, 1925).
14/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Cidade de Bebedouros (Antonio Campos, 1912);
Santa Maria Atualidades (Francisco Santos, 1913);
Voyage de nous souverains au Brésil (Service de Photographie et Cinématographie de l’Armée, Bélgica, 1920);
[Sobras de] As visitas dos Reis Belgas ao Brasil (Igino Bonfioli, 1920).
15/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
21/10 – Aula 02 – Cinema silencioso: Silvino Santos e Major Thomas Reis.
Professor: Sílvio Da-Rin, técnico de som, documentarista e pesquisador. Autor do livro “Espelho partido: Tradição e transformação do documentário”.
Ementa: Durante a segunda e terceira décadas do século XX, antes que o termo “documentário" começasse a circular, os filmes "naturais" eram majoritários e formavam a base econômica da produção cinematográfica brasileira. Naquele período, dois cineastas que trabalharam fora dos grandes centros criaram obras singulares: Silvino Santos, na Amazônia; e o Major Thomaz Reis, no Brasil Central.
Programa de filmes:
Rituais e festas bororo (Major Luiz Thomaz Reis, 1917);
No paiz das amazonas (Silvino Santos, 1921).
21/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Terra encantada (Silvino Santos, 1923).
22/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
28/10 – Aula 03 – Humberto Mauro e o INCE.
Professor: Fabián Nuñez, pesquisador e professor da UFF. Doutorando em cinema na mesma universidade e autor da dissertação de mestrado intitulada “Humberto Mauro: um olhar brasileiro”.
Ementa: A discussão da reforma educacional no Brasil e o papel do cinema na missão pedagógica do Estado. A criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). O cinema do INCE: entre o didático, o científico e o estético. Humberto Mauro e as várias fases do INCE. O documentário como fruição estética e propagador de conhecimento. Quem é Humberto Mauro para o Cinema Novo?
Programa de filmes:
Bandeirantes (Humberto Mauro, 1940);
Um apólogo – Machado de Assis (Humberto Mauro, 1939);
O despertar da Redentora (Humberto Mauro, 1942);
Lagoa Santa – Minas Gerais (Humberto Mauro, 1940);
Engenhos e usinas (Humberto Mauro, 1955).
28/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
O descobrimento do Brasil (Humberto Mauro, 1937);
Vitória Régia (Humberto Mauro, 1937).
29/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula
04/11 – Aula 04 – Rituais do poder: documento, memória e história.
Professor: Eduardo Morettin, historiador e professor da ECA-USP, empreende pesquisas sobre a relação entre o Estado e o cinema no Brasil.
Ementa: A produção de cinejornais: panorama histórico. Antecedentes: Rossi Atualidades. Estado e cinema brasileiro na década de 30. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e a produção de cinejornais. Documentários institucionais nos anos 60: Jean Manzon e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPÊS)
Programa de filmes:
Seleção de filmes e cinejornais da Rossi Filme; Cine Jornal Brasileiro, IPÊS e Agência Nacional.
04/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Painel (Lima Barreto, 1950);
Santuário (Lima Barreto, 1950);
e programa de cinejornais.
05/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
11/11 – Aula 05 – O documentário e o cinema novo.
Professor: Arthur Autran, pesquisador e professor da UFSCar. Autor do livro “Alex Viany: crítico e historiador”.
Ementa: A palestra abordará de forma panorâmica a produção de documentários do Cinema Novo entre 1959 e 1967, tratando de questões como: as principais opções estilísticas, as influências do Cinema Verdade, a representação do povo nos filmes, a criação de um discurso de viés crítico sobre a realidade brasileira e os posicionamentos ideológicos dos realizadores.
Programa de filmes:
Aruanda (Linduarte Noronha, 1960);
Maioria absoluta (Leon Hirszman, 1964);
Viramundo (Geraldo Sarno, 1965);
Memória do cangaço (Paulo Gil Soares, 1965).
11/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Opinião pública (Arnaldo Jabor, 1967).
12/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
18/11 – Aula 06 – Cinema e televisão.
Professor: Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema de O Globo e autor dos livros “Eduardo Coutinho: O homem que caiu na real”, “Walter Lima Júnior: viver cinema”, entre outros.
Ementa: Com a desmobilização do Cinema Novo e a conjunção de outros fatores ligados à televisão e ao estabelecimento da idéia de patrocínio ao audiovisual no Brasil, diversos cineastas foram absorvidos pelo documentarismo de TV nos anos 1970. Particularmente nos programas Globo Shell Especial, Globo Repórter e Hora da Notícia, da TV Cultura. Esse fenômeno resultou não apenas numa lufada de renovação da dieta televisiva, como no ensejo de experiências de linguagem bastante particulares no âmbito do documentário. O diálogo entre realidade e ficção tornou-se mais interessante e complexo, a prática do som direto difundiu-se, uma geração de documentaristas exercitou-se e acumulou experiência para suas futuras carreiras. Entre eles, Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade e Maurice Capovilla.
Programa de filmes:
Globo Repórter: Teodorico, o Imperador do Sertão (Eduardo Coutinho, 1978);
Wilsinho Galiléia (João Batista de Andrade, 1978).
18/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Globo Repórter: O Último Dia de Lampião (Maurice Capovilla, 1972);
Retrato de Classe (Gregório Bacic, 1977).
19/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
25/11 – Aula 07 – Documentário de curta-metragem
Professor: João Luiz Vieira, pesquisador, ensaísta e professor da UFF. Autor do livro Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi, entre outros.
Ementa: Um panorama e balanço crítico de uma das vertentes do documentário de curta-metragem da década de 80 no Brasil: características de linguagem, temas e atualidade de um cinema voltado para os processos intertextuais e de reflexividade.
Programa de filmes:
Mato eles? (Sérgio Bianchi, 1982);
Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989);
Memória (Roberto Henkin, 1990);
Ma Che, Bambina (Cecílio Neto, 1986).
25/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Esta não é a sua vida (Jorge Furtado, 1991);
Chapeleiros (Adrian Cooper, 1983);
Caramujo-Flor (Joel Pizzini, 1988);
O inspetor (Arthur Omar, 1988).
26/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula
30/11 – 18h30 – Sessão do Cineclube Tela Brasilis na Cinemateca do MAM
Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984)
02/12 – Aula 08 – Panorama do documentário contemporâneo.
Professor: Mariana Baltar, doutoranda da UFF, com passagem pela New York University, onde desenvolve tese sobre o diálogo entre melodrama e documentário.
Ementa: Pensar as bases teóricas e as estratégias narrativas que sustentam a construção da instância do personagem no documentário. Procuraremos traçar também, através de exemplos da produção documentária contemporânea, considerações sobre o papel central que a figura do personagem parece ocupar. Procuraremos tangenciar aspectos do que poderíamos chamar de uma disseminação da consciência de ser personagem – ou a consciência da autofabulação como personagem e o que isto nos diz a respeito de uma reconfiguração da política das respresentações. Que implicações, estéticas e políticas, traz este aspecto como marca da produção contemporânea?
Programa de filme:
Peões (Eduardo Coutinho, 2002)
02/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
A pessoa é para o que nasce (Roberto Berliner, 2004)
03/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filme da aula
09/12 – Aula de encerramento: Perspectivas do documentário brasileiro.
Professor: João Moreira Salles, documentarista e professor da PUC-Rio.