segunda-feira, setembro 18, 2006

Curso e Mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO

O Cineclube Tela Brasilis dará início em outubro a uma maratona na Cinemateca do MAM com a realização da mostra e do curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO, proporcionando uma visão panorâmica e inédita sobre a produção deste gênero cinematográfico no Brasil.

O curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO será realizado todos os sábados, de 9 às 13h00, de 14 de outubro a 9 de dezembro de 2006. Serão 9 aulas semanais ministradas por professores, pesquisadores e cineastas sobre períodos significativos da história do gênero documentário.

As aulas serão expositivas (ver programa abaixo), com exibições de filmes raros em película. O curso completo tem o valor de R$ 150,00 (taxa única) e os alunos que freqüentarem 75 % das aulas receberão certificado.

As poucas vagas restantes para o curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO ainda pode ser preenchidas via internet, através do e-mail telabrasilis@cinestesia.com.br

O público mais amplo pode acompanhar integralmente esse trajeto através da mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO, que, paralelamente ao curso, exibirá filmes raros e clássicos que datam de 1910 à 2004, em sessões gratuitas aos sábados e domingos, às 16hs, também na Cinemateca do MAM.

O curso e a mostra HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO são eventos organizados pelo Cineclube Tela Brasilis em parceira com a Cinemateca do MAM, que conta com o apoio do Arquivo Nacional, Cinemateca Brasileira e CTAv.

O Cineclube Tela Brasilis destinará ainda bolsas do curso para 15 alunos de Escolas Populares de Audiovisual, como Observatório de Favelas, Nós do Morro, Nós do Cinema, as Oficinas Cinemaneiro e outras instituições parceiras.

Programa Completo (Aulas + Mostra):
A programação de filmes está sujeita a mudanças sem aviso prévio.

14/10 – Aula 01 – Documentário nos primórdios do cinema brasileiro: os “naturais”.
Professor: Hernani Heffner, professor da PUC-Rio, pesquisador da Cinédia e conservador da Cinemateca do MAM.
Ementa: Os primórdios do documentário no Brasil são em grande parte desconhecidos. A definição de certos assuntos ou situações, como os desfiles militares, os cortejos fúnebres e os cordões carnavalescos, parecem definir um tom oficial que não encontra desdobramentos nas estratégias de composição das obras. O curso tentará verificar em que medida “forma” e “conteúdo” se aproximam ou se afastam e se esta tensão define um modo particular de discurso.
Programa de filmes:
Despedida do 19º batalhão de caçadores (Empresa Paschoal Segreto, 1910);
A inauguração do Stadium do Savóia (Armando Pamplona, 1916 / 1924);
O luto pelo Barão do Rio Branco (Paulino Botelho, 1912);
O que foi o carnaval de 1920? (Alberto Botelho, 1920);
A visita do General Purshing (Alberto Botelho, 1925).

14/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Cidade de Bebedouros (Antonio Campos, 1912);
Santa Maria Atualidades (Francisco Santos, 1913);
Voyage de nous souverains au Brésil (Service de Photographie et Cinématographie de l’Armée, Bélgica, 1920);
[Sobras de] As visitas dos Reis Belgas ao Brasil (Igino Bonfioli, 1920).

15/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula

21/10 – Aula 02 – Cinema silencioso: Silvino Santos e Major Thomas Reis.
Professor: Sílvio Da-Rin, técnico de som, documentarista e pesquisador. Autor do livro “Espelho partido: Tradição e transformação do documentário”.
Ementa: Durante a segunda e terceira décadas do século XX, antes que o termo “documentário" começasse a circular, os filmes "naturais" eram majoritários e formavam a base econômica da produção cinematográfica brasileira. Naquele período, dois cineastas que trabalharam fora dos grandes centros criaram obras singulares: Silvino Santos, na Amazônia; e o Major Thomaz Reis, no Brasil Central.
Programa de filmes:
Rituais e festas bororo (Major Luiz Thomaz Reis, 1917);
No paiz das amazonas (Silvino Santos, 1921).

21/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Terra encantada (Silvino Santos, 1923).

22/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula

28/10 – Aula 03 – Humberto Mauro e o INCE.
Professor: Fabián Nuñez, pesquisador e professor da UFF. Doutorando em cinema na mesma universidade e autor da dissertação de mestrado intitulada “Humberto Mauro: um olhar brasileiro”.
Ementa: A discussão da reforma educacional no Brasil e o papel do cinema na missão pedagógica do Estado. A criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). O cinema do INCE: entre o didático, o científico e o estético. Humberto Mauro e as várias fases do INCE. O documentário como fruição estética e propagador de conhecimento. Quem é Humberto Mauro para o Cinema Novo?
Programa de filmes:
Bandeirantes (Humberto Mauro, 1940);
Um apólogo – Machado de Assis (Humberto Mauro, 1939);
O despertar da Redentora (Humberto Mauro, 1942);
Lagoa Santa – Minas Gerais (Humberto Mauro, 1940);
Engenhos e usinas (Humberto Mauro, 1955).

28/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
O descobrimento do Brasil (Humberto Mauro, 1937);
Vitória Régia (Humberto Mauro, 1937).

29/10 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filmes da aula

04/11 – Aula 04 – Rituais do poder: documento, memória e história.
Professor: Eduardo Morettin, historiador e professor da ECA-USP, empreende pesquisas sobre a relação entre o Estado e o cinema no Brasil.
Ementa: A produção de cinejornais: panorama histórico. Antecedentes: Rossi Atualidades. Estado e cinema brasileiro na década de 30. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e a produção de cinejornais. Documentários institucionais nos anos 60: Jean Manzon e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPÊS)
Programa de filmes:
Seleção de filmes e cinejornais da Rossi Filme; Cine Jornal Brasileiro, IPÊS e Agência Nacional.

04/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Painel (Lima Barreto, 1950);
Santuário (Lima Barreto, 1950);
e programa de cinejornais.

05/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula

11/11 – Aula 05 – O documentário e o cinema novo.
Professor: Arthur Autran, pesquisador e professor da UFSCar. Autor do livro “Alex Viany: crítico e historiador”.
Ementa: A palestra abordará de forma panorâmica a produção de documentários do Cinema Novo entre 1959 e 1967, tratando de questões como: as principais opções estilísticas, as influências do Cinema Verdade, a representação do povo nos filmes, a criação de um discurso de viés crítico sobre a realidade brasileira e os posicionamentos ideológicos dos realizadores.
Programa de filmes:
Aruanda (Linduarte Noronha, 1960);
Maioria absoluta (Leon Hirszman, 1964);
Viramundo (Geraldo Sarno, 1965);
Memória do cangaço (Paulo Gil Soares, 1965).

11/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Opinião pública (Arnaldo Jabor, 1967).

12/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula

18/11 – Aula 06 – Cinema e televisão.
Professor: Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema de O Globo e autor dos livros “Eduardo Coutinho: O homem que caiu na real”, “Walter Lima Júnior: viver cinema”, entre outros.
Ementa: Com a desmobilização do Cinema Novo e a conjunção de outros fatores ligados à televisão e ao estabelecimento da idéia de patrocínio ao audiovisual no Brasil, diversos cineastas foram absorvidos pelo documentarismo de TV nos anos 1970. Particularmente nos programas Globo Shell Especial, Globo Repórter e Hora da Notícia, da TV Cultura. Esse fenômeno resultou não apenas numa lufada de renovação da dieta televisiva, como no ensejo de experiências de linguagem bastante particulares no âmbito do documentário. O diálogo entre realidade e ficção tornou-se mais interessante e complexo, a prática do som direto difundiu-se, uma geração de documentaristas exercitou-se e acumulou experiência para suas futuras carreiras. Entre eles, Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade e Maurice Capovilla.
Programa de filmes:
Globo Repórter: Teodorico, o Imperador do Sertão (Eduardo Coutinho, 1978);
Wilsinho Galiléia (João Batista de Andrade, 1978).

18/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Globo Repórter: O Último Dia de Lampião (Maurice Capovilla, 1972);
Retrato de Classe (Gregório Bacic, 1977).

19/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula

25/11 – Aula 07 – Documentário de curta-metragem
Professor: João Luiz Vieira, pesquisador, ensaísta e professor da UFF. Autor do livro Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi, entre outros.
Ementa: Um panorama e balanço crítico de uma das vertentes do documentário de curta-metragem da década de 80 no Brasil: características de linguagem, temas e atualidade de um cinema voltado para os processos intertextuais e de reflexividade.
Programa de filmes:
Mato eles? (Sérgio Bianchi, 1982);
Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989);
Memória (Roberto Henkin, 1990);
Ma Che, Bambina (Cecílio Neto, 1986).

25/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Esta não é a sua vida (Jorge Furtado, 1991);
Chapeleiros (Adrian Cooper, 1983);
Caramujo-Flor (Joel Pizzini, 1988);
O inspetor (Arthur Omar, 1988).

26/11 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise de programa de filmes da aula

30/11 – 18h30 – Sessão do Cineclube Tela Brasilis na Cinemateca do MAM
Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984)

02/12 – Aula 08 – Panorama do documentário contemporâneo.
Professor: Mariana Baltar, doutoranda da UFF, com passagem pela New York University, onde desenvolve tese sobre o diálogo entre melodrama e documentário.
Ementa: Pensar as bases teóricas e as estratégias narrativas que sustentam a construção da instância do personagem no documentário. Procuraremos traçar também, através de exemplos da produção documentária contemporânea, considerações sobre o papel central que a figura do personagem parece ocupar. Procuraremos tangenciar aspectos do que poderíamos chamar de uma disseminação da consciência de ser personagem – ou a consciência da autofabulação como personagem e o que isto nos diz a respeito de uma reconfiguração da política das respresentações. Que implicações, estéticas e políticas, traz este aspecto como marca da produção contemporânea?
Programa de filme:
Peões (Eduardo Coutinho, 2002)

02/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
A pessoa é para o que nasce (Roberto Berliner, 2004)

03/12 – 16hs – Sessão extra na Cinemateca do MAM
Reprise do programa de filme da aula

09/12 – Aula de encerramento: Perspectivas do documentário brasileiro.
Professor: João Moreira Salles, documentarista e professor da PUC-Rio.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Aula aberta especial de Encerramento do Curso de História do Cinema Brasileiro

O Cineclube Tela Brasilis convida todos à aula aberta especial de Encerramento do Curso de História do Cinema Brasileiro, ministrado pelo professor e pesquisador Hernani Heffner, no dia 16 de Setembro, Sábado, às 8h30, no Odeon-BR.

Na ocasião exibiremos “O Galante Rei da Boca” (Dir. Luis Alberto Melo e Alessandro Gamo, 2004, digital) e “Barro Humano” (Dir. Adhemar Gonzaga, 1929, 35mm).

Será a primeira exibição pública dos raros fragmentos que restaram de “Barro Humano”. Trata-se de uma cópia feita a partir dos negativos encontrados no acervo do crítico Pedro Lima. Agradecemos a RioFilme e a Alice Gonzaga (Cinédia) pela oportunidade de oferecermos este presente à cidade do Rio de Janeiro e ao Cinema Brasileiro.

De junho do ano passado a setembro deste, o Curso de História do Cinema Brasileiro proporcionou, de forma inédita, uma visão panorâmica sobre o cinema nacional compartilhada por quase mil alunos inscritos em seus dois módulos que, ao todo, somaram 50 aulas.

Aproveitamos o ensejo para convidá-los a se inscrever no próximo curso organizado pelo Cineclube Tela Brasilis: História do Documentário Brasileiro. As inscrições também serão no dia 16 de Setembro, no Odeon-BR, no horário da aula. Abaixo, maiores informações.

A propósito, nossa próxima sessão na Cinemateca do MAM será no dia 14 de Setembro, quinta, às 18h30, quando exibiremos “O Cangaceiro” (Dir. Lima Barreto, 1953).

Cordialmente,
Cineclube Tela Brasilis

Tela Brasilis :: 14/09 :: 18h30 :: O Cangaceiro

Sessão de Setembro :: quinta-feira, 14 de setembro de 2006 :: 18h30
Cinemateca do MAM (Rio de Janeiro)

O Cangaceiro (1953, longa), de Lima Barreto
Santuário (1952, curta), de Lima Barreto

A Companhia Cinematográfica Vera Cruz entrou para o lugar-comum da história do cinema brasileiro como a fracassada tentativa de industrialização do cinema nacional. Não foram poucas as empresas produtoras que foram à falência, e todos os "ciclos de produção" (chanchada, pornochanchada, cinema novo, cinema marginal, etc.) tiveram fim, mas a palavra fracasso, na História do Cinema Brasileiro, parece destinada exclusivamente à Vera Cruz.

Certamente, isso se deve, em grande medida, a uma herança do Cinema Novo, pelo seu posicionamento político por uma renovação do cinema no Brasil. A falência da Vera Cruz foi a confirmação (para alguns) de que o projeto industrialista de cinema estaria fadado ao fracasso. Foi o caso exemplar de que o Cinema Novo precisava: fazia-se necessário não só inventar uma nova forma de expressão, como uma nova forma de produção, estando uma e outra intrinsecamente ligadas.

A maior parte dos filmes do movimento, no entanto, também representou prejuízo financeiro para seus produtores, o que não significou que esses filmes fossem lembrados como fracassos. A Vera Cruz produziu dezoito longas-metragens, uma produção bastante diversificada em gêneros (seguindo certa tabulação hollywoodiana): do melodrama à comédia, do épico ao policial noir. Como reduzir uma produção assim tão vasta e diferenciada a noções simplistas? Esteticamente, o que esses filmes nos têm a oferecer? Apenas fracasso?

Na sessão de setembro - antecipada por conta do Festival do Rio - o Cineclube Tela Brasilis traz de São Paulo a cópia de O Cangaceiro (1953), primeiro longa de Lima Barreto, a fim de tentar uma nova aproximação com a Vera Cruz, mais pautada na experiência do filme. Apesar do grande sucesso nacional e internacional (incluindo a premiação como Melhor Filme de Aventuras no Festival de Cannes), Lima Barreto realizou apenas mais um filme de ficção, oito anos depois, devido a dificuldades para captar recursos. Isso talvez demonstre que o sucesso, como o fracasso, significa pouca coisa - são valores a posteriori. Devemos ousar ver os filmes (e os fatos históricos) com olhos livres.

Complementando a sessão, exibiremos o curta-metragem O Santuário (1952), também dirigido por Lima Barreto para a Vera Cruz, sobre os profetas de Aleijadinho, em Congonhas - exemplo do mais clássico documentário brasileiro.


Sessão de Setembro

Quinta-feira - 14/09
18h30 - projeção dos filmes
- bate-papo com convidados

Cinemateca do MAM
Av. Infante D. Henrique, 85, Praia do Flamengo - Rio de Janeiro

Entrada Franca


Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1807860
Blog: www.telabrasilis.blogspot.com
Fotolog: www.fotolog.net/telabrasilis

segunda-feira, setembro 04, 2006

Curso HISTÓRIA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO



Local: Cinemateca do MAM (Rio de Janeiro)

Quando: Aula aos sábados, de 9 as 13h00, de 14 de outubro a 9 de dezembro de 2006
Como: Aulas expositivas (ver programa abaixo), com exibições de filmes raros em película, e sessões extras (opcionais) acompanhando o curso todos os sábados e domingos, na Cinemateca do MAM, às 16h00.

Preço: parcela única de R$ 150,00 (à vista ou em cheque)

Inscrições: dias 2 e 16 de setembro, sábados, no Odeon BR, entre 9 e 13h00 - VAGAS LIMITADAS! (A inscrição não precisa ser feita pessoalmente pelo aluno.)

Organização: Cineclube Tela Brasilis
Informações: telabrasilis@cinestesia.com.br


O Cineclube Tela Brasilis destinará, gratuitamente, 15 vagas a alunos de Escolas Populares de Audiovisual, como o Observatório de Favelas, as Oficinas Cinemaneiro e outras instituições parceiras.


Programa do curso

14/10 - Documentário nos primórdios do cinema brasileiro: os “naturais”.
Professor: HERNANI HEFFNER, professor da PUC-Rio, pesquisador da Cinédia e conservador da Cinemateca do MAM.

21/10 - Cinema silencioso: Silvino Santos e Major Tomás Reis.
Professor: SÍLVIO DA-RIN, técnico de som, documentarista e pesquisador. Autor do livro Espelho Partido – Tradição e Transformação do Documentário.

28/10 - Humberto Mauro e o Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE).
Professor: FABIÁN NUÑEZ, pesquisador e professor da UFF. Doutorando na mesma universidade e autor da dissertação de mestrado intitulada Humberto Mauro: um olhar brasileiro. A construção nacionalista no pensamento cinematográfico no Brasil.

04/11 - Rituais de poder: cinejornais e documentários institucionais.
Professor: EDUARDO MORETTIN, historiador e professor da ECA-USP, empreende pesquisas sobre as relações entre o Estado e o Cinema no Brasil.

11/11 - O documentário e o Cinema Novo.
Professor: ARTHUR AUTRAN, pesquisador e professor da UFSCar. Autor do livro Alex Viany: crítico e historiador.

18/11 - Cinema e televisão: o caso Globo Repórter.
Professor: CARLOS ALBERTO DE MATTOS, crítico de cinema de O Globo e autor dos livros Eduardo Coutinho: o homem que caiu na real, Walter Lima Júnior - viver cinema, entre outros.

25/11 – O curta-metragem documentário dos anos 80.
Professor: JOÃO LUIZ VIEIRA, pesquisador, ensaísta e professor da UFF. Autor do livro Cinema-faca: o cinema de Sérgio Bianchi, entre outros.

02/12 - Panorama do documentário contemporâneo.
Professor: MARIANA BALTAR, doutoranda da UFF, onde desenvolve tese sobre o diálogo entre melodrama e documentário. Ministrou recentemente o curso Faces do Melodrama: Fassbinder, Almodóvar, Wong Kar Wai no Laboratório Estação.

09/12 – Perspectivas do documentário brasileiro
Aula de encerramento com João Moreira Salles, documentarista e professor da PUC-Rio.

Aniversário de 3 Anos :: Quinta :: 31/08 :: 18h30 :: Sete Dias de Agonia (O Encalhe), de Denoy de Oliveira

"Sete dias de agonia (O Encalhe)", de Denoy de Oliveira (longa, 1982)
+ Circuito Cineclubista de Estréias
"Camareira", de Zonda Bez (curta, 2006)
"Transtorno", de Pablo Cunha, Daniel Bosi, Fabíola Trinca, Márcio Bertoni, Bruno Cabús (curta, 2006)
+ Debate com Leopoldo Nunes e Caio Cesaro
+ Coquetel Comemorativo


Comemorando seus 3 anos de atividade, o Cineclube Tela Brasilis faz uma sessão especial dedicada ao cineclubismo.


Há quase noventa anos, os cineclubes têm posição de destaque na difusão da cultura cinematográfica no Brasil, tendo sido locais privilegiados para o lançamento e reflexão de obras de mais difícil acesso ao público. Foi o Chaplin Club, em 1931, quem exibiu pela primeira vez Limite, de Mário Peixoto; e foram os integrantes do cineclube os principais propagadores da fama do filme. Mais tarde, nos anos 50 e 60, a geração do Cinema Novo foi formada na cinefilia das cinematecas e clubes de cinema, enquanto na década de 70 e 80 os cineclubes representaram uma alternativa para os realizadores excluídos da estrutura da Embrafilme.

Após um "longo inverno", os cineclubes passam por um renascimento, com a revalorização de suas principais características: permitir aos realizadores distribuirem seus filmes e possibilitar ao público o acesso a filmes que não podem ser vistos com facilidade nas salas comerciais.

O longa da sessão, "Sete dias de agonia (O Encalhe)", dirigido por Denoy de Oliveira - uma obra esquecida, mas de grande vigor em sua linguagem crua e engajamento político -, foi distribuído em 16 mm por todo o país e é um desses filmes que, como tantos outros, fizeram grande carreira no circuito cineclubista. Complementando a sessão, teremos a exibição dos dois primeiros curtas do recém-criado (à imagem de iniciativas bem-sucedidas do passado) Circuito Cineclubista de Estréias (CCE). O Circuito congrega, no momento, 25 cineclubes, em sete Estados, e fará circular, mensalmente, curtas de todas as partes do país, tornando-se um novo canal de escoamento do formato. A partir desse mês, todas as nossas sessões serão antecedidas por filmes do CCE.

Após a sessão teremos um bate-papo sobre cineclubismo com Leopoldo Nunes, Assessor da Secretaria Executiva do Minc, e Caio Cesaro, representante da Programadora Brasil / CTAv, um projeto da Secretaria do Audiovisual que pretende atuar na distribuição de programas e filmes brasileiros para entidades não-comerciais. É, portanto, uma iniciativa que, não só reconhece o crescimento do cineclubismo, como colabora para o seu fortalecimento.

Contaremos também com a presença de alguns dos diretores do curta "Transtorno".

Motivos não nos faltam para comemorar! Nosso aniversário de três anos representa muito mais uma vitória do cineclubismo do que uma conquista isolada. Assim, convidamos todos os cineclubistas, cineastas, cinéfilos e amigos a comemorar conosco essa data especial, que contará, claro, com um coquetel comemorativo!


Sessão de Agosto - Comemoração de 3 anos

Quinta-feira - 31/08
18h30 - projeção dos filmes
- bate-papo com convidados
- coquetel comemorativo

Cinemateca do MAM
Av. Infante D. Henrique, 85, Praia do Flamengo - Rio de Janeiro

Entrada Franca


Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1807860
Blog: www.telabrasilis.blogspot.com
Fotolog: www.fotolog.net/telabrasilis